quinta-feira, 3 de março de 2011

Fábio Coentrão com Benfica no sangue

Um defesa esquerdo invulgar, o melhor do mundo. É habitual dizer-se de um defesa lateral que é rápido e perigoso ofensivamente ou que é forte na marcação ou que defende melhor do que ataca ou que é polivalente ou muitas outras coisas mas de Fábio Coentrão pode dizer-se que é tudo isto e mais, sendo que o mais se refere à paixão que coloca no jogo através do ritmo alucinante que imprime do início ao fim, da garra demonstrada em cada jogada e, principalmente, do seu benfiquismo atroz entranhado na corrente sanguínea que o faz pensar apenas em vitórias. É este Coentrão que temos visto desde a época passada, é este Coentrão que vimos no Mundial, é este Coentrão que ainda não se cansou em nenhum jogo nem dá mostras de vir a ficar cansado e parece não ser possível vê-lo cabisbaixo quando algo não está a correr da melhor forma.


No último fim de semana, fruto da sua garra e querer, "matou" o Marítimo no último segundo (bem merecido para uma equipa que mais parecia amadora!) mantendo acesa a esperança do Benfica de fazer justiça neste campeonato de ladrões. Ontem, correu mais do que os jogadores do Sporting todos juntos (apesar do vaidoso Rui Santos, comentador da SIC, passar o jogo inteiro a dizer que estava desgastado, que imbecil!) e foi peça fundamental na dinâmica encarnada. Sinto que, até ao final da época, ele ainda vai estar melhor. Não sei como pode ser possível mas sinto-o!
Dizem que sairá no verão por 30 milhões. Se assim for será a preço de saldo. Dêem-lhe o que ele quiser mas mantenham-no na Luz.


Após o jogo com o Marítmo, Coentrão referiu-se ao golo que marcou e comparou-o com outro que, em seu entender, lhe deu um prazer maior. Estas declarações mostram o seu benfiquismo e lançam uma "farpa" aos responsáveis pela viciação do futebol português, aliás, a única forma de poderem vir a tirar a Fábio Coentrão e a todos os benfiquistas o título de campeão que tanto merecemos este ano.
Aqui ficam as declarações de Coentrão à Agência Lusa replicadas pelo jornal Público:

O golo apontado no domingo frente ao Marítimo que deu o triunfo nos descontos foi uma “uma coisa fantástica”, mas o lateral benfiquista preferiu o que marcou no Dragão.
“Marcar no último minuto e dar a vitória ao Benfica é uma sensação fantástica. Não só pelo meu golo, mas feliz pela equipa, porque já estávamos no minuto 94 e as coisas não estavam fáceis para nós. Todos sabem que não podemos perder pontos e depois, aos 94’, marquei aquele e foi uma coisa espectacular”, referiu.

Apesar de considerar este golo especial, o internacional português diz que o golo mais importante da carreira foi apontado ao FC Porto, no triunfo por 2-0, na primeira mão da Taça de Portugal.

“Não digo que foi o que me deu mais gozo. O que me deu mais gozo foi no Estádio do Dragão, mas este golo vai marcar bastante, porque dei a vitória ao Benfica aos 94 minutos. Fico mais feliz por o Benfica ter ganho do que por ter marcado o golo”, referiu.

Fábio Coentrão recusou comentar a arbitragem do portuense Vasco Santos no encontro com o Marítimo, dizendo que “o que interessa é que o Benfica ganhou e ganhou três pontinhos, que era o objectivo para este jogo”.

Na quarta-feira, o Benfica recebe o Sporting, na meia-final da Taça da Liga, com Fábio Coentrão a dizer que “as vitórias trazem moral” e que o clube está “com a moral em alta depois de 17 jogos a vencer”.

“Todos sabem que o Sporting é uma boa equipa, que não está a atravessar um momento bom. Mas os jogos Benfica-Sporting são sempre complicados e não podemos entrar para dentro de campo a pensar que o jogo já está ganho. Se formos assim, as coisas vão-se complicar. Temos de entrar em campo, trabalhar como temos feito para conseguir este objectivo, que é estar na final”, disse.

Sobre o futuro, Fábio Coentrão não comentou um possível interesse do Zenit e ironizou que “cada dia há um clube novo”, garantindo que prometeu “a toda a gente do clube que este ano ia ficar no Benfica e ajudar a conseguir os objectivos”.

“Quero ganhar títulos. Estamos em quatro competições e quero chegar o mais longe possível em todas elas. Depois, logo no final da época, se for bom para o Benfica, posso sair. Se o Benfica considerar que não é, vou continuar aqui, porque adoro, gosto do Benfica”, afirmou.

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