sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Ser Benfiquista: Gandaia

Eu não nasci benfiquista, até porque a minha mãe era adepta do Porto e o meu pai do Sporting.

Com os meus 6 anos eu era do clube da minha mãe, apenas porque era o clube da minha mãe.
Depois passei a ser do clube do meu pai, pela mesma razão que fui do clube da minha mãe.

Aos domingos à tarde, ia com os meus pais a Belém passear e "tentar" jogar à bola com o meu pai.
Havia por lá umas bancas a vender artigos desportivos de clubes. Eu pedi ao meu pai o equipamento do Sporting, algo renitente em gastar dinheiro no equipamento resolveu comprar-me os calções do Sporting.

Em Outubro de 1987 o meu padrinho, que era um grande benfiquista e já me falava muito do Benfica, ofereceu-me de prenda de anos o equipamento do Benfica. Lembro-me de ficar deslumbrado com a cor do equipamento.

O meu 1º jogo no Estádio da Luz foi contra o Honved e ganhámos 7-0. Após esse jogo o meu amor pelo Benfica continuou a crescer.
Mas foi em 1990 que o meu amor pelo Benfica ficou oficializado. O Benfica jogou a final da Taça dos Campeões Europeus contra o Milan. Perdemos por 1-0 com um golo de Rijkaard. Passei o jogo de joelhos em frente à televisão agarrado a uma toalha vermelha (não tinha cachecol) e no fim do jogo desatei a chorar. Foi o começo de uma relação indestrutível.
Desde esse dia a minha relação com o Benfica, não se explica, sente-se.


Muitos nasceram Benfiquistas, muitos escolheram o Benfica. O importante é ser do Benfica.

PS - Os meus pais, hoje em dia, são Benfiquistas.

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