terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Avaliação em termos individuais: Benfica x Olhanense


Melhor jogador:

Luisão (5): Num jogou onde as peças do xadrez montado por Jorge Jesus por vezes revelaram alguma displicência em termos de intensidade de abordagem do jogo, o central canarinho pautou-se pela regularidade nas suas intervenções, revelando grande intencionalidade na altura do passe e esclarecimento no posicionamento.

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Notas:

Roberto (4): Noite pouco ocupada na Luz, ocupou-se mais em transmitir serenidade à equipa, não fraquejando quando foi chamado para duas ou três intervenções de grau de dificuldade mais elevado.

Fábio Coentrão (4): Atravessa um momento de maior cansaço físico, ao que as condições do terreno não ajudam. Derivado a estes condicionalismos, a sua grande disponibilidade física apresenta-se diminuida, sem que no entanto tenha deixado de apostar no um-contra-um. Nem sempre foi feliz, mas mostrou à massa adepta o seu esforço em prol do colectivo.

Maxi Pereira (4): Regular como poucos, mostra estar a construir um bom entendimento com Ruben Amorim. Não comprometeu, numa noite de menor fulgor atacante.

David Luiz (4): Algumas intermitências defensivas, prontamente sacudidas pelo colega Luisão, e que tentou compensar jogando no risco. Foi amarelado e serenou, auxiliando a equipa a consumir os minutos que faltavam.

Javi Garcia (4): Outro caso revelador de abaixamento de índices atléticos, especialmente notados numa posição que exige grande postura física. Tentou não complicar lances para os quais não apresentava pulmão, apostando no entendimento com as linhas mais recuadas e contando com o precioso auxílio de Aimar e Carlos Martins, que se encarregaram das transições defesa-ataque.

Aimar (5): Jogo de grande entrega do pequeno mágico alvi-celeste, mostrando grande garra nos momentos de maior envolvimento defensivo, jogando e fazendo jogar. Baixou de rendimento com o passar dos minutos, sendo substituido para a ovação da noite.

Nico Gaitán (4): Passou algo despercebido pela Luz, fruto da sua tendência para não recuar demasiado no terreno; quando teve a bola procurou desiquilíbrios com Fábio Coentrão ou flectindo para o centro do terreno, mas a grande densidade de jogadores do Olhanense não lhe permitiram construir muitos lances.

Ruben Amorim (5): Continua a mostrar a Jorge Jesus que tinha razão na sua aposta para a titularidade, servindo-se da sua polivalência para encetar compensações com Maxi Pereira, auxiliar Javi Garcia em momentos de maior aperto e soltar o esférico para o sector atacante.

Cardozo (4): Sempre esforçado, sem que no entanto essa vontade se efectivasse a nível de conquista de lances ofensivos. Procurou o direito de ser feliz, tendo sido recompensado por Moretto aquando do lance do primeiro golo.

Saviola (4): Ainda longe do fulgor da época passada, fez um jogo de sacrifício, tentando jogar para o entendimento do colega paraguaio e optando em muitas ocasiões por guardar a bola em busca de uma maior acumulação de poder de fogo na área adversária. Marcou um golo oportuno, como é seu estilo.

Carlos Martins (3): Rendeu o menos eficaz Gaitán ao intervalo. Esteve algo indeciso sobre o seu posicionamento em campo, oscilando entre arrancadas na zona central, a sua área de actuação de eleição, e o auxílio às laterais em progressão apoiada.

Sálvio (3): Esteve menos de meia-hora em campo, mas continua a mostrar ao Mister Jesus argumentos para agarrar o lugar, com a sua abordagem ao jogo, plena do binómio intensidade/intencionalidade.

Jara (3): Cinco minutos em campo ainda serviram para sujar os calções em acções de apoio defensivo.

Moreira (2): Leitura correcta das horas, gritando-as para dentro de campo sempre que a sua interpretação do jogo no plano técnico-tático a tal obrigava.

César Peixoto (2): Retomou com tranquilidade as suas funções na época passada, apoiando Fábio Coentrão sempre que este passava a correr.

Sidnei (2): Algo desconcentrado, mas sem comprometer o aquecimento dos colegas.

Kardec (2): Muito rápido nas basculações balneário/banco, levou de vencida vários defesas do Olhanense ao soar do apito do intervalo, mas estava aparentemente em posição de fora de jogo.

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Árbitro

Marco Ferreira (1): Prejudicou o espectáculo ao exibir uma elevada dualidade de critérios: aos 65 minutos, na substituição de Aimar, sancionou Sálvio com cartão amarelo por entrar em campo antes que o argentino abandonasse o terreno de jogo --- cortando assim um lance de claríssima superioridade numérica. Mas volvidos apenas quatro minutos falhou ao não assinalar uma grande penalidade e correspondente exibição do cartão vermelho directo ao avançado do Olhanense Adílson, quando este tocou intencionalmente a bola com o braço, bem dentro da área de rigor de Roberto --- isto embora beneficiasse de grande visibilidade sobre o lance.

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